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Festa da Boa!!
E mais um Natal vem chegando. E se você é meu amigo ou parente, não precisa ficar imaginando que presente eu vou te dar de Natal. É pura perda de tempo, pois não vou te dar nada. Querem moleza, é? Por que não pegam uma enxada e vão à luta? Epa, acho melhor não escrever isso. Cadê a tecla delete? Ops, não ta funcionando. E agora? Hohoho, Feliz Natal! Bem, pessoal, devido à crise mundial, vejo que estarei em dificuldades de lhes dar um presente de Natal! O máximo que posso fazer é presenteá-los com um origamy ou um daqueles sapinhos que se faz com folhas A4, com as folhas devidamente doadas por vocês, é claro. Também sei fazer dragões alienígenas, porém isso é matéria de passo-a-passo para outra entrada do blog. Há também outro trabalho manual que sei fazer desde que comecei a ler revistas pouco edificantes, lá no aparecimento dos meus primeiros bigodes, porém, é para uso próprio, e duvido que algum de vocês verá esse meu trabalho.
E falando em presente de Natal, eu tenho algumas dicas do que não dar. Por exemplo, eu estou escrevendo com uma camisa leva o número 1998. Qual o sentido de 1998 na vida de alguém? Por acaso, esse número marca a data do meu aniversário de 18 anos. Por acaso mesmo, pois ganhei num amigo secreto do final de 1998 – não quero ser bocudo, mas tenho a leve impressão de que estava em promoção. Mas a data não é muito marcante para mim. Afinal, faço aniversário depois da metade de outubro. E aos dezoito anos, eu não prestei serviço militar, eu não tirei a carteira de habilitação e, graças ao meu bom Pai dos céus, eu não fui em cana. Já é alguma coisa. Mas eu também tenho uma camiseta com o número 02. Coincidentemente, eu tenho duas pernas, dois olhos e dois reais na conta bancária. Dois reais e oitenta e três centavos, os quais ficaram presos lá, mas eu tenho um plano. Passarei no supermercado na véspera de natal, assobiando Jingle Bells, e vou gastar tudo no débito (uau), só pra sacanear o banco. Vai ser uma garrafa de Três Pipas, aquela cachaça com sabor de barata e polietileno decomposto, que vou misturar com Alka-Seltzer e transformar num belo dum espumante (sabor barata e polietileno decomposto – estão todos convidados, tragam seu copo). E tem também aquelas sugestivas, como o 69. Atenção: não dê isso para sua tia-avó, a não seja que você seja tarado pelo buço que ela cultiva com tanto carinho. Mas perigoso mesmo é se você receber uma com o número 96 – perigoso se você é homem e contorcionista chinês, ou pior, se quem der for homem e contorcionista chinês. Esses contorcionistas são muito criativos.
No mais, se você for dar uma ceia daquelas de Natal, me chamem, porque eu não sou homem de perder uma boca-livre. Vamos beber um bocado, e eu prometo que no final da festa não vou fazer papelão, como cagar na mesa ou gritar com seus filhos, como no ano passado. Desculpa, Sergião!
Mas, se você não fizer festa (leia-se: não comprar um goró – ou for evangélico ou budista, bem, vocês entenderam), alegre seu coração. Pense no nascimento de Jesus – que por sinal não foi nem em dezembro, você está meio atrasado – e passe com as pessoas que você ama. Aproveite e faça uma oração por mim. Eu vou precisar, é sério. Muito mais que vocês. Afinal, vocês não correrão o risco de ir em cana por mal comportamento, iconoclastia, ou acabar com o seu carro num muro qualquer. É claro que acidente de carro não depende só de nós, mas as chances de ver 2010, para vocês, é maior. Já que o passarinho não bebe, deixa comigo! Hohoho!!!
