person_outline



search

DE AMPUTADOS A ESCRAVOS INCONSCIENTES- Parte 3 de 3

Entenda o doloroso processo de libertação dos que um dia “morreram para o mundo” e “nasceram para deus”!
PARTE 3 DE 3
   Não é por mérito que a maioria das igrejas promovem seus oficiais a cargos de obreiros e tantos outros. É pela capacidade de bajulação e submissão as lideranças e pela capacidade de trair e dedurar outros membros do grupo. Muitos dos santos obreiros do senhor, são semelhantes a burros correndo atrás de uma cenoura amarrados em suas cabeças, e são condecorados diariamente pelos seus líderes por serem pessoas dissimuladas e traiçoeiras. Quem por acaso pretende se aperfeiçoar em estudos, disciplina e ser um sujeito ético e moral, estar perdendo tempo. Esses não são requisitos solicitados para quem deseja crescer nesse ramo. Bajular, trair, mentir, e reproduzir todos o sistema é o caminho mais curto para crescer na “obra do senhor”. Não se poderia esperar nada melhor desse tipo de agrupamento. Vieram de Roma, são frutos de Roma, tem de agir como os romanos em tramas e artimanhas para galgar o poder e demarcar territórios!
  Quanto aos membros comuns, se fossem livre para falar sem represália, eu diria que 9 a cada 10 pessoas em igrejas de regime fechado já passaram por “duras provações” e tem de engolir a seco, chorar aos cantos e “entregar tudo nas mãos de deus”. Nesses casos, o inquisidores não são apenas os de fora ou os obreiros da própria igreja. Conjugues e filhos são incentivados a dedurarem uns aos outros para terem a atenção das lideranças. Se você foi flagrado por exemplo com uma cerveja na mão, apreciando uma mídia audiovisual que não seja consumida pelo grupo, ou conversando um “infiel”, se prepara! A noite o pau come e deus vai revelar tudinho pela boca do seu santo ungido! Vão fazer de você gato e sapato por algo tão simples, enquanto as maiores barbaridades são cometidas por tantos outros e deus nada revela! Como chamar um lugar desses de casa de deus, lugar de justiça amor e paz? Um clima desses só se é observado em penitenciarias de segurança máxima, onde estão confinados os indivíduos mais perigosos da sociedade e a regra é comer ou ser comido, matar ou ser morto! Mas o mesmo clima de tensão, suspeitas e traições encontra-se dentro dessas igrejas e somos obrigados a chamar isso de casa de deus e seus representantes de homem de deus? Isso é uma ofensa! Nos poupem de tal agressão a sanidade!
  Nessa falácia de que só os do grupo são do bem, amigos, colegas de trabalho, mestres e até pessoas da própria família, agora passam a serem vistos com maus pelos novos convertido e as lideranças e somente os de dentro daquela igreja querem o bem destes. Os demais estão sendo guiados pelo próprio demônio para desviar o novo convertido dos “caminhos do senhor”. Evangélicos da década de 50 a 90 em igrejas tradicionais e pentencostais no Brasil se forem honestos consigo mesmo dirão que já viram casos de pessoas que foram orientadas se preciso a morar na rua por “amor a jesus” e que deveriam abandonar até a própria residência para não serem perturbadas por aqueles que queriam desvia-los dos caminhos do senhor e alguns o fizeram. Alguns foram mais além, e abandonaram casa, emprego, família e saúde, para viverem como loucos, pregando aqui, cantando ali, evangelizando acolá, achando que realmente estavam fazendo algo útil a um ser superior, quando na verdade estavam apenas fundando alicerces para vários bases de arrecadações financeiras denominadas de igrejas num futuro próximo. Tais obreiros por serem pessoas de boa fé e não entenderam como funciona a “jogada” nesses recintos, fizeram tudo a troco de nada, e foram apenas ferramenta de lucros posteriores para suas lideranças. Quem entendeu como funciona as regras do jogo e aceitou subverter até seus princípios morais, aproveitaram e passaram a usufruir também de parte do faturamento continuo e infinito que são as maiorias de tais igrejas. Quem não entendeu como funciona, ou entendendo se recusou a tal baixaria, percebeu apenas tarde, que trabalhar para o senhor nesses recintos, nada mais é que manter um grupo de pessoas iludidas a fim de tirar de outras pessoas o maior proveito possível. A “obra de deus” é um gigantesco campo de treinamento onde tornar outra pessoa iludida é sinal de grandeza e criar prosélitos nesse mesmo pensamento medíocre é sinal de sucesso. A insanidade torna-se o santo graal de praticamente todos os seguidores das milhares de vertentes religiosas dos adeptos do deus de Abraão.
  Depois que os mesmos te incentivam a destruir todos os seus relacionamentos sociais fora da igreja, fica mais difícil você abandonar a igreja, pois em certos casos, o novo convertido passa dos limites, ofendendo a todos que não quiseram entrar no mesmo grupo que este, e agora ciente que foi iludido, se torna orgulhoso em voltar atrás e segue adiante, mesmo a contragosto e as vezes tendo ciência do “rolo” que se meteu.  Outros não ousam sair da igreja, pois suas habilidades de comunicação social fora do grupo foram reduzidas ao máximo em palavras monossilábicas com a linguagem do próprio grupo, que serve apenas para o grupo e não conseguem se encaixar bem fora do grupo agora. Então o sujeito sofre por ter rompido e demonizado suas relações fora daquele grupo e pra completar vive atormentado diariamente com ameaças constantes de que sua deus vai pesar a mão nele ou em sua família caso este venha abandonar o grupo.
  Há dezenas de versículos bíblicos preparado pelo grupo ou pela liderança para fazer esmorecer qualquer um que ouse pensar em deixar o grupo. Ameaças de enfermidades, desempregos, acidentes, doenças terminais, e mortes cabulosas estendidas não apenas ao integrante do grupo mais a qualquer um de sua família até várias gerações são algumas entre tantas ameaças que um crente sofre caso queira deixar o grupo que lhe vendeu um jesus enlatado e com validade vencida. Vale lembrar que tais ameaças valem somente para pessoas produtivas ou lucrativas dentro da igreja. Obreiros, dizimistas e pessoas que podem gerar lucro, oferecer serviço gratuito ou trazer mais membros pra o grupo. Pessoas comuns, que nada dão ou produz não são alvos do “amor de deus” nem de suas ameaças caso queiram deixar o grupo. Sua entrada assim como sua saída na igreja é insignificante e tanto faz como tanto fez! Mendigos, pobres viúvas e necessitados quais seriam um dos motivo real de arrecadação dos dízimos nos tempos bíblicos, esses sim, devem ficar longe dos portões da “casa de deus” pois dão despesas ao invés de darem lucros e os “ungidos” do senhor não querem dividir com ninguém o fruto do seu “árduo” trabalho.
   Essa realidade não é coisa de outro mundo. Em todos os cantos do planeta e em quase todos os modelos de crenças religiosas coisas como essas ocorrem com frequência. Quem sabe talvez, as crenças de matriz do deus de Abraão sejam as recordistas nesse estilo de aprisionamento. Gihadistas, evangélicos, católicos e algumas linhas do judaísmo querem ter total e ilimitado acesso a vida dos integrantes de seus agrupamentos. Saber o que eles falam, como eles pensam, com quem conversam e quais os planos para o futuro de seus integrantes é fundamental para a sobrevivência do grupo e vida de regalia dos que lideram. Não existe no mundo inteiro um produto mais lucrativo do que o mercado da fé. Nem o tráfico de drogas, armas ou pessoas supera esse grandioso mercado. Um produto auto renovável, que não precisa de reposição, garantias ou prazo de validades. Cada um vende do jeito que quiser, para o público que quiser, quantas vezes quiser e tudo fica bem. Sempre tem público para esse tipo de mercado e se não tiver um público específico, cria-se um num simples passo de mágica. Do deprimido com tendências suicidas ao grande empresário com tendências megalomaníacas há espaço para ambos. Do puritano que casou virgem aos 40 anos sem nunca se quer ter dado um beijo nas mãos de uma moça a fim de manter a “pureza espiritual”, àquela que aos 15 anos já tinha suas genitálias mais tocadas do que carne de segunda em fim de feira de um dia chuvoso, tem espaço para ambos. “Deus” ama a todos”! E a igreja sabe exatamente quanto cobrar e o que fazer para que “deus” te aceite!
  Assim como uma agencia de viagem vendem pacotes de turismo de acordo com o bolso e o perfil da pessoa, as igrejas vendem seus pacotes de salvação usando como base a ignorância ou a ganancia do seu público. Ou te pegam pelo medo e pela culpa, ou te pegam pelo seu desejo de riqueza e lucro fácil. Sempre eles acham um jeito. Mudam apenas a estratégia, os vendedores e o modo como vendem cada pacote de salvação, mas o pano de fundo é o mesmo. A ignorância sobre o mundo, o passado da humanidade, outras culturas e sobre o domínio das próprias emoções, é o principal alimentador desse mercado.
   Você não deve se sentir culpado por não estar mais inserido nesse recinto, afinal, provavelmente você o abandonou por que não condizia com seu padrão ético e de moralidade. Nesse caso, não foi você quem os traiu abandonando-os, mas eles quem te traíram usando a ideia do sagrado para fazer em seus recintos coisas profanas. Você não deve sentir culpa ou vergonha por desejar ser honesto e não querer enganar as pessoas. Eles quem deveriam ter vergonha de usar a fé e a ingenuidade alheia como meio de renda e domínio.
  Alguns outros abandonam o grupo por que crescem e evoluem, e o grupo já não pode satisfazer aquela necessidade inicial que uma vez na ignorância era suprida. Muitos dos seus brinquedos de crianças que antes eram super interessantes e prazerosos deixou de fazer sentido há um longo tempo. Muitas das histórias que te causavam medo hoje não te provoca nada. Os líderes religiosos desejam manter as pessoas em um mesmo estado de espirito o tempo inteiro. Isso vai de encontro a natureza humana e toda evolução de modo geral. Por mais que alguém tente represar as correntes de um rio criando barragens e usinas, um dia elas irá encher o suficiente para destruir a própria barragem que a segura. Com o conhecimento não é diferente. Os que buscam evoluir, o farão independente de quem os oprima. E quando essa barragem for rompida, uma força avassaladora irá modificar toda paisagem ao redor, por onde essa onda de conhecimento passar.
   Medo, ira, ganancia, ódio, inveja, submissão cega, castigo, punição, trabalhos forçados, humilhação em público e coisas do tipo não podem ser coisas vindas ou ordenadas de um ser que se diz superior. Tenham coragem de encarar os fatos, e pôr no lugar deles, aqueles que querem te usar como objeto de manobra e fonte incessante de lucros. Se deus precisa de adoradores e pessoas sem cérebro para continuar expandindo seus domínios, ele é pior do que você e não deve ser temido, adorado ou reverenciado! Aprender a conviver com pessoas normais de carne e osso te trará mais resultados em todos os campos de sua vida do que aprender a se relacionar com seres metafísicos e seus representantes de caráter duvidoso.
   Não deixe que você, uma criatura de potencial fabuloso seja reduzido a um objeto de uso particular de lideranças eclesiásticas. A vida é muito mais que isso.
Um brinde a sanidade!
Pin It
Atualizado em: Seg 14 Ago 2017

Deixe seu comentário
É preciso estar "logado".

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br